A mudança na distância da linha de três pontos na NBB de 50 centímetros, 6m25cm para 6m75cm, causou uma polêmica entre os fãs do jogo no Brasil, onde a mais freqüente duvida era se essa mudança iria alterar a estratégia de jogo das equipes saindo dos arremessos de longa distancia para as tentativas no garrafão.
As estatísticas mostram que houve uma diminuição nas tentativas para três pontos, mas nada muito significativo, saindo da média de 23,99 ( 2010) para 22,30 ( 2011), e a percentagem de acertos do perímetro caiu de 35, 72% para 34, 48%.
A relação entre as bolas de 3 e de 2 arremessadas também não foi afetada drasticamente, mas mostra uma tentativa maior de conversão em menores distâncias, da temporada 2009/2010 de cada tentativa de 3 eram feitas 1,59 bolas de 2 pontos, em 2010/2011 a cada tentativa de 3 eram feitas 1,72 bolas de 2 pontos. Também nas conversões essa diferença foi mostrada, onde em 09/10 eram convertidos 2,37 arremessos de 2 para cada tentativa de 3 convertido, já em 10/11 esse número aumenta para 2,77 bolas de 2 para cada de 3.
Obtendo uma relação de tentativas de 3 pontos por equipe podemos perceber que as piores equipes foram aquelas que menos tentaram chutar de longa distância, diminuído então as chances de aumentar a sua pontuação. Em 2009/2010 a equipe com o pior aproveitamento do perímetro foi o Vila Velha ficando em 12º lugar no campeonato e o time que teve o melhor aproveitamento das bolas de 3 foi o Flamengo chegando às finais, já em 2010/2011 o time com o pior aproveitamento- já com 6,72 metros- foi o Paulistano ficando em 12º lugar no campeonato. O que há entre a relação das posições e aproveitamento das piores equipes do perímetro?
Nada, é só um dado que coincidiu. Já a equipe com o melhor aproveitamento em 10/11 da linha de 3 foi o campeão Brasília, mostrando então que a nova distância ao mesmo tempo que atrapalha aqueles que não se preparam para chutes de longa distância, ajuda aqueles que se concentram na conversão da maioria das tentativas dessa distância.
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